Desvio matafísico e despojamento mórfico A mentira não tem pernas, assim como águas passadas e moles não movem moinhos nem furam pedras duras, pois quem cala, escuta, mesmo sendo o pior surdo, pois não sabe o que diz. Já o sábio cego, mesmo que quisesse ver, também não diz o que sabe, ou finge que sabe, assim como o ferreiro, que não tem casa, muito menos um espeto. É típico falar assim após alguma investida contra o inquestionável mundo interior. Toda efervescência cultural adquirida ao longo dos anos de astigmatismo, analfabetismo e pragmatismo social nos levou, ainda que fracos, entorpecidos, ao sofrimento diante do denso clamor por filantropia, mesmo que sem voz, dando vez ao padecimento por hipoglicemia, miopia e hipermetropia. Não obstante, fiquei bem em Benghazi, passei mal nas Maldivas. Dormi puto em Maputo, Moçambique, vitima de um astuto trambique. Acordei inundado por difusas e inebriantes especulações inexprimíveis. Levantei com curvatura talmúdica, olhar febril e palidez a
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