(Esse vai na íntegra, sem camuflagem, como um noz moscada indiana a lá molho cury salpicado com páprica agridoce, sem risco de causar problemas com a falsa moral política e reacionária)
- Tucunaré, eis o peixe! - Gritou Zélio.
Já Manfredo, maroto que era, preferia tilápia. Para acompanhar pediu salsa, merengue, cebolinha, Mônica e cheiro verde musgo. Paiva não hesitou e pediu chucrute com hortaliças fruti-granjeiras...
Para sobremesa, Claudia Cardinali não pensou duas vezes: Mel, azeitonas amarelas, cauda de caramelo, brócolis, sacudidelas breves com raspa de gengibre africano, tomate úmido, creme de hortelã-da-serra e, claro, PÁPRICA!
Não satisfeito com o delicioso banquete, Edgar, tinhoso de fome e com cara travessa, apelou para avelãs, sementes de cânhamo a gosto, picadelas de cereja árabe, gergelim fresco em frasco, folhas de manjericão chinês, raiz forte "Rio Grande" e tempero pronto sul-africano "fábricas Oto". Nossa turma estava demais. Hum, delicioso e irresistível paladar caseiro...
Era o êxtase! Uma orgia gastronômica que beirava a gula. Manfredo engoliu 12 espinhas de peixe, onde 8 se alojaram entre os dentes e a gengiva esquerda. As outras quatro foram engolidas diretamente e pela dor que sentia parecia ter perfurado algum importante órgão interno. Paiva começou a passar mal em seguida, pela ingestão exagerada de chucrute. Sentiu seu baço entrar em colapso e gritou forte quando ouviu a ruptura de seu pâncreas. Claudia Cardinali se empanturrava a ponto de não conseguir respirar com normalidade. Chegava a flatular sorrateiramente, para liberar espaço em seu intestino delgado. Edgar só gemia, como um suíno irlandês antes do abate dominical. Suas lágrimas eram visivelmente confundidas com a típica secreção nasal dessas horas. Alguém clamava por uma taça de Martini Bianco... Era Zélio engasgado...
Co-autoria honrosa: Francis
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