
Situado na Laurência, antigo continente de latitudes equatoriais originado da junção proposital entre placas norte-americanas e européias, é dessa localidade que conhecemos os queridos animais filtradores, odontogriphus (otorrinozanclus para os xiitas), braquiópodes, detritívoros, intuitípodes (esses, enigmáticos até hoje), anelídeos, necrófagos, mergulhões hadais macrofaunísticos (de origem e destino duvidosos), suspensívoros, equinodermes, eqüidistantes (não comprovados) e várias cianobactérias bentônicas, com destaque para a zona centro-leste batipelágica. Vale a pena uma visita, sem compromisso, ao aquário natural de priapulídeos e ao museu com minúsculos fósseis não autorizados de Ottoia, até porque se você procurar na Internet não vai encontrar nada.
Aí entra a questão, tantas vezes em pauta nas reuniões de associações e institutos que faço parte ou não: Aos que pretendem conhecer localidades como essa (não existentes via Google Earth, por exemplo), como despregar as nádegas amassadas da cadeira e abandonar seus “i-petrechos” numa aventura real?
Sem resposta e cansado de mais uma tendenciosa discussão sobre a verossimilhança física versus crença digital, decidi fazer outra boa escolha. Dessa vez fora desse mundo pitoresco e junto com um time de malucos da MacBurtney University and Lodging, rumo ao espaço Calabi-Yau, uma dimensão proporcional recurvada, não menos pitoresca e com condição de p-brana (variedade admitida em n0 e formato holomórfico global jamais nulo, segundo estudos ciento-astro-físico-quânticos). Após uma semana de preparação, tomando gororoba e tocando violão, me confundi com as cordas p4, r5, p11, r11 e f19, de afinações distintas e reconfortantes. Foi aí que entendi porque esse mundo tão pitoresco ainda serve de úbere dessa vaca tão endoplasmática que chamamos de universo...
Comentários