Pular para o conteúdo principal

Conversas recreativas e inquebrantáveis - Messias

Sabe quando a você acorda no meio da noite com uma vontade de assaltar a geladeira? O Messias não sabe, pois é dono de um sono pesado e reparador. Como assíduo frequentador do Clube de Desporto Amaral Veiga Albuquerque (o qual já teve o privilégio de presidir em mais de uma ocasião, duas desastrosas e uma não) sempre praticou esportes de alto impacto sob visível demonstração de entusiasmo. Mal compreendido, assombroso, egocêntrico, nasal, estapafúrdio, campeão inter-bairros de chá-chá-chá, Messias vai compartilhar aqui um pouco do que sua modéstia memória permitir.

Primeiramente, quero parabenizá-lo pela obra magnífica que o senhor doou para a prefeitura. Uma atitude para fazer qualquer marmanjo umedecer os olhos.
Eu não doei nada para a prefeitura. E o que umedece os olhos é colírio, só isso. Um abraço para a minha oculista.

OK, mas o senhor afinal participou ou não da solenidade na última sexta-feira?
Veja bem, desde a infância eu me recordo de um passeio, na estrada, com meus avós. É nítido. Um rapaz se aproximou da gente e começou a contar que a família era toda doente, passava fome no interior e que ele precisava comprar medicamentos, etc. O cara estava até bem vestido, sabe? Mas, meu avô, se achando Deus, dispensou-o bravamente sem nada lhe dar, além de um safanão.

Defina "se achando Deus". Desculpe-me pela ignorância, mas é bem interessante refletir sobre isso.
Autoritário, bonzão... A gente é uma espécie de "Lego" dele. Entendeu?

"Lego dele"? Messias, o senhor está afirmando que Deus existe e passa o tempo montando Lego?
Eu existo, assim como meus pais, embora velhinhos. Meus avós já existiram... O Lego serve de analogia. Poderia usar outro exemplo qualquer. Sei lá... Você assistia o Ultraseven? 

Preferia o Spectreman. Mas voltando o assunto e seguindo a sua linha familiar de raciocínio, se Deus existe, logo os pais dele são?
Ateus.

Ateus?
Sim, ateus.

Faz sentido. E os avós?
Aí você já está de brincadeira comigo!

Estou sim (risos). Por que só o senhor pode brincar aqui? Por que o preconceito com velhinhos?

(Nesse momento Messias levantou, interrompendo a entrevista, caminhou até a porta de saída do estúdio, onde tocou a campainha solicitando a abertura. Após a identificação, a porta abriu e ele sumiu, deixando seu casaco e uma garrafa térmica).

Comentários

Unknown disse…
sempre quis compartilhar com o papricantis um texto de minha autoria, apesar dos pesares e de uma tendinite crônica quue contraí numa visita a São José das Letras em 1984. Aí está o modesto texto:

A apliacação de termos do dialeto ameríndio na sociedade atual, mas sem levar em consideração a importância desses dermos para as sociedades apaches latino americanas ainda não descobertas pela antropologia ou pelo google:

Um dos questionamentos menos importantes na sociedade atual é o sentido preciso e a importância sintática do termo indígena “curumim”. Premissa quiçá sabida pela população tupiniquim, remanescente nos mieos sociais dos dias de hoje, é que “curumin” assim como “uturú-quimoraê” e “quim-quim-tum-tum” não possuem nenhuma relação com a palavra “kankuna”, que naverdade tem origem andina e trás pro contexto da discussão não mais que a possibilidade de generalizar a cultura indígena-apache-kétchua como sendo essencialmente ameríndia e não apenas latino americana. A aplicação dos termos indígenas-apache-kétchua, ou ameríndios, aparecem com sentido reverso ao proposto pelos pajés e lideres tribais dos séculos anteriores ao XV na amazônia, até então não brasileira, e nos desertos andinos e texanos, que até então não eram texanos ou andinos. Para melhor compreender o assunto colocamos aqui algum exemplo da contextualização dos termos ameríndios já citados:

Curumim das dores do parto com panos quentes, atentando para poucos movimentos pélvicos. Urutú-quemoraê trás os panos, os esquenta e aplica em minha pélves. Após isso sempre rola um quim-quim-tum-tum, mas sempre atentantado para que não haja muitos movimentos pélvicos, se não, no final, é melhor que hajam mais panos quentes.”

Postagens mais visitadas na semana passada

Zzz... Neander Notes

3 ANOS DE PAPRICANTIS NEANDERTALIS!!! E os parabéns vão para vocês, leitores queridos, bacharéis, diplomatas, engenheiros, temporários ou não, templários, protozoários, enfim aos que buscam refúgio inteligente por aqui, como escape de um cotidiano enfadonho ou muitas vezes mal temperado... Afinal, o que não vem de fábrica vem de onde? Tenho que agradecer também pelos inúmeros acessos acidentais oriundos de pesquisadores on-line, universidades e afins que por aqui passam em busca de conhecimento ou simples entretenimento fora de hora. Ficamos honrados servindo como fonte de estudo e do Word , como Verdana e Lucida Sans Unicode. Desde o primeiro post, quando fomos sondados por investidores locais (e gentilmente ignoramos) decidimos completar sozinhos o primeiro ano. Pela carência de blogs desse naipe e constante insistência comercial por parte dos portais multi bilionários, decidimos pelo menos ouvir as propostas e recusamos sem slides ou pestanejos. Algumas vezes fomos brutos e não h