Para os nativos de Yakutsk, na Sibéria, 40 graus negativos é época de verão brabo e de calor intenso. Lá se desconhece o termo: “Menino, vai colocar um agasalho senão tu resfria”. Segundo eles, a temperatura por lá só começa a esfriar aos 50 graus negativos, ocasião em que eles alertam aos amigos e parentes para evitar exposição ao ar livre (após dez minutos começa a necrose seguida pelo perecimento súbito). Nessa sensação térmica, qualquer tipo de cobertor corporal, bebidas quentes e até mesmo casacos ilegais, são insuficientes. Segundo cientistas clandestinos da região, mesmo que se utilize toda a pelagem ilegal da fauna mundial, vá para a cadeia e volte, o frio ainda existirá. A população só considera o clima "frio mesmo" aos 55 graus negativos. “Aí não se pode abusar nem brincar”, diz um nativo que não quis se identificar. Segundo ele, usar óculos, brincos, piercings, colares, crucifixos diversos, imagens de personagens de TV, e qualquer tipo de apetrecho ou penduricalho, é suicídio, pois grudam e arrancam a pele.
Yakutsk, na Sibéria, é sem dúvida o lugar mais frio do mundo, onde o aquecimento global é invenção religiosa e programa de verão é viajar para a Groelândia, para prática de mergulho, bronzeamento natural (direto da fonte) e pesca pseudopredatória sem molinete.
Tradução: Ebejer, Ellul e Esposito Traduções Pseudo-Simultâneas.
Comentários