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Homenagens Póstumas de Brás Cubas Libres - Co-equidade

Amaurípede, sagaz corvo-marinho, que apesar da perspicácia, vivia apreensivo com a dificuldade de encontrar alimentos. Estava ficando fraco e desmotivado com suas tentativas frustradas de caça. Nem parecia mais aquela bela ave marinha que esbanjava, com excessiva cautela, seus desejos quase que sanguinários quando avistava suas presas. Oh, tempo bom! Sua única e fiel companhia após o terrível perecimento de Sebastian (o último pombo-passageiro, extinto desde 1914, na América do Norte) era Lina Ferina, uma astuta andorinha-do-mar. Porém, pouco se viam... Nenhum gracejo... Nada se sabe.

Severiano, um calejado e febril agricultor de melancias, mamões e melões bronze-do-sul, havia voltado de uma exaustiva agro viagem, foi visitar a mãe, Augustinha, mas não foi com a cara do seu novo namorado. O pequeno japonês franzino tinha um bigode tão longo e fino que mais lembrava um par de cadarços de chuteiras Action Soccer. Passou pouco tempo por lá e logo após a benção voltou para a labuta diária em sua fazenda. Pereceu dias depois ao trombar violentamente num monte de areia vermelha que segurava a haste do espantalho. Está enterrado não sob a areia vermelha, mas no cemitério da Rua Açucena (antiga Anunciação), número quinze, esquina om a Rua Madre Suzete da Silva Souza, em frente à Praça da Bromélia de Outono em Maio, na cova duzentos e seis, mais especificamente na sepultura da ala noroeste, número cento e vinte e cinco, num caixão marrom escuro com detalhes prateados, com número de série quatro mil e seis, dígito cinco, fabricado e cedido como pagamento de dívidas com a família, pela funerária Tumbas & Catacumbas. Missa agendada na paroquia-capela do padre Milton, às dezesseis horas.

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